Autorrespeito e Autocompaixão

Autorrespeito e Autocompaixão

Neste capítulo, compartilho reflexões de como os temas autorrespeito e autocompaixão se inserem em um movimento que pode contribuir para que tenhamos uma vida plena e, porque não dizer, mais feliz. Minha intenção é provocar você, leitor(a), a fazer seu mergulho pessoal, refletindo sobre o significado que tem dado a essas duas palavras e o impacto disso em suas escolhas.

Cláudia Serrano

Falar sobre autorrespeito e autocompaixão é dar um mergulho na própria história e isso pode acontecer em várias fases da vida, mas existem momentos nos quais ele é muito mais profundo. No meu caso, ocorreu quando completei 60 anos, enquanto aguardava o embarque para um voo rumo a Fortaleza, onde eu daria aula para uma turma de pós-graduação.

Estava aproveitando o tempo fazendo algumas atividades no notebook quando ouvi: convidamos para o embarque as prioridades previstas por lei, pessoas idosas a partir dos 60 anos. As palavras idosas e 60 anos pareciam não combinar. Com essa idade, me sentia com toda a energia do mundo, cabeça cheia de ideias, muita vontade de realizar. De qualquer maneira, já que tinha conquistado uma etapa da vida na qual sou considerada “prioridade”, me dirigi para a fila, sob o olhar de algumas pessoas que me viam como se eu fosse uma usurpadora de privilégios por conta de minha genética privilegiada. Entretanto, passei a prestar mais atenção no meu momento e nas mudanças que ele trazia para meu dia a dia. Era importante ajustar meu percurso, e essa atitude pressupõe ressignificar muito do que se pensa. Vamos construindo a nossa história a partir de uma caminhada que fortalece formas de ser que podem ser muito úteis em um instante, mas não serão mais em outro. No meu caso, oriunda de uma família de mulheres fortes, que seguram tudo, matam no peito e fazem o que precisa ser feito, cuidam da casa, do marido, dos filhos, dos pais e, de quebra, sobem na escada para pintar a casa, pendurar o quadro, carregar as compras. Cuidando de tudo e de todos.

Vamos trilhando o caminho e nem sempre prestamos atenção às chamadas que a vida nos dá, como aquela que tive aos 40 e poucos anos, quando uma hérnia de disco, que nem sabia que existia, cansou de me avisar de sua presença com as constantes dores nas costas, que resultaram em uma cirurgia. Tive que ouvir de minha filha: “É, mãe, você não para nunca e o Cara Lá de Cima fez isso”. Uma frase e tanto, mas que não me calou tão fundo quanto deveria. Assim que fiquei bem, voltei com tudo para meu ritmo intenso.

Olho para tudo isso em um momento de profunda reflexão, que descortinou, aos poucos, aspectos que estavam relegados a um segundo plano e remetem às duas palavras deste capítulo: autorrespeito e autocompaixão.

Vamos à primeira. Segundo o dicionário, autorrespeito é o “respeito que alguém tem em relação a si mesmo. Apreço, atenção, consideração ou reverência que alguém tem por si próprio” (DICIONÁRIO, 2023). Autorrespeito implica a capacidade de identificarmos nossas prioridades, sejam elas associadas à mente ou ao corpo. Quando mais jovens, podemos ignorá-las como os períodos necessários de descanso ou o cuidado que se concretiza por meio de atividades físicas e acompanhamento médico. Para alguém que adora o que faz como eu, negligenciar esses aspectos é fácil. Trabalho em primeiro lugar. 

Ironicamente, sempre dei exemplos do valor do autoconhecimento e da autoconsciência (discutidos nos capítulos de Josiane e Ana Clara) para mudança de comportamento. Você sabe da importância de praticar atividade física e vira sócio(a) mantenedor de academia. Paga o plano anual e vai dois meses, quem sabe. Ora, venho de uma trupe de mulheres longevas e tenho o desejo de envelhecer bem. Deveria ter levado isso do saber para a consciência, certo?

Quantas vezes colocamos outras necessidades à frente das nossas? Quantas vezes o tempo aparece como uma “desculpa verdadeira”. Sim, é fato que ele é menor do que tudo o que temos para fazer, mas ele não pode se tornar a desculpa recorrente para não respeitarmos nossas prioridades. Disse sim para aquela reunião bem na hora de ir para a academia? Pensou que hoje trabalhou muito e está cansada(o) demais para ir se exercitar? Disse não para você e não honrou o que realmente importa. Isso pode acontecer de vez em quando, mas já parou para observar que podemos tornar isso algo recorrente? É uma observação que pode levar para a expansão da autoconsciência que, por sua vez, amplia nosso autoconhecimento e nos faz sair do “cabeção” e ir para o coração. Cabeção? Explico: usamos todas as justificativas racionais para o que fazemos, sem parar para sentir verdadeiramente o impacto dessas ações nos nossos desejos e limites.

Qual é a voz que impulsiona você?

Eric Berne (1995), pai da teoria da Análise Transacional, defende que nós desenvolvemos um “Argumento de Vida”, um modo fixo de agir, característico de cada pessoa nas mais variadas situações, destacando-se em uma das cinco categorias de impulsores:

  • Seja perfeito: perfeccionista, exigente, expressão.
  • Seja forte: não demonstra emoções, extremamente responsável, puxa para si as responsabilidades e não pede.
  • Seja apressado: inquieto, sempre pensando no que deve fazer em seguida, quer terminar tudo imediatamente.
  • Seja agradável: sente-se responsável por fazer os outros se sentirem bem, precisa da aprovação dos outros, não sabe dizer “não”.
  • Seja esforçado: está sempre achando dificuldades, não termina as coisas e está sempre se esforçando sem obter muito resultado.

Pelo meu relato anterior, já deu para entender que o seja forte fala alto comigo, tendo como parceiro de coro o seja agradável. Quando em equilíbrio formam uma boa dupla mas, quando se apresentam com muita força, acabam gerando vulnerabilidades.

Sentir-se querido, fazer parte é importante, mas não pode impedir que nosso eu genuíno imponha os limites indispensáveis para que nos posicionemos de maneira consciente diante do que é melhor para nós e para aqueles que estão em nosso entorno. Se agradar os outros passa a ser prioridade, acabamos por ignorar nossas necessidades.

Pare e reflita: qual é o jogo que você tem praticado na vida? Ele estabelece uma relação ganha-ganha?

Onde entra a autocompaixão nessa equação?

A palavra compaixão vem do latim compassio, que significa “o ato de partilhar o sofrimento de outra pessoa”. Isso é importante para que possamos estabelecer relacionamentos empáticos.

A compaixão (assim como outras características positivas)  é uma qualidade inata e sua expressão através da bondade é algo completamente natural. Tudo é uma questão de cultivar o que temos de melhor e conter nossas tendências destrutivas…

(JINPA, 2016)

Compaixão é um olhar para fora, enquanto a autocompaixão é um olhar para dentro. Está associada à resiliência emocional. Permite aceitarmos a nossa natureza humana imperfeita e nos ajuda a controlar a voz de nosso “juiz interior”, que pode assumir um forte tom de crítica. Por isso, é essencial encontrar o equilíbrio para que essa autocrítica seja benefício e não peso.

Mas, em uma sociedade intensa e competitiva como a nossa, nem sempre é tão simples praticar a autocompaixão. Ela precisa estar associada à autoconfiança para que usemos o autorrespeito, de modo a mantermos o controle de nossa vida, a partir de uma visão positiva de nossas fortalezas e vulnerabilidades.

Os benefícios para a saúde mental e física que advêm da autocompaixão nos permitem cuidar melhor de nós e dos outros. Isso me faz lembrar das recomendações de segurança a bordo: quando uma intercorrência faz cair amáscara de oxigênio, devemos colocar primeiro a nossa para depois auxiliarmos os outros. Se não cuidarmos de nós, como poderemos cuidar dos outros?

Autocompaixão não é autocomplacência, autopiedade ou autogratificação

Nada é tão difícil quanto não se enganar a si próprio.

LUDWIG WITTGENSTEIN

Todo mundo já deve ter se justificado por algo que deveria realizar e não fez. Tudo bem, mas o olhar é se essa dinâmica aparece de maneira recorrente, levando a fragilizar a sustentação de uma ideia, ter um viés perceptivo que nos coloca à parte do que deveríamos priorizar para concretizar nossa intenção. Passamos a viver na expectativa, à espera do que gostaríamos que acontecesse e que não está no nosso espaço de governabilidade, ficando confortavelmente em posição de autopiedade.

Joe Dispenza, autor do best-seller Quebrando o hábito de ser você mesmo (2019), nos provoca sobre quanto podemos coibir a mudança pela forma como criamos diferentes estados de ser. Uma experiência cria uma reação emocional que pode se transformar em humor, depois em temperamento e, por fim, molda um traço de personalidade. Memorizamos reações emocionais e respondemos em função delas, por conta das conexões sinápticas de nosso cérebro, e criamos sempre a mesma realidade.

Sentir pena de si mesmo é, como diz uma das palhaças do Doutores da Alegria, ficar umbigado, que é o caminho para a “ruminação” que Susan David ilustra em seu livro Agilidade Emocional (2018). Entramos em um redemoinho mental que nos impede de ter um posicionamento mais saudável e produtivo.

Autocompaixão também não é o mesmo que autogratificação. Pode até ser que, em algum momento, decidamos nos dar um mimo, um agrado. Mas essa atitude não deve se tornar um “tapa-buraco” que nos esquiva de lidar com o que verdadeiramente incomoda.

A autocompaixão remete à compreensão, à aceitação sem julgamento. Por isso também permite que não nos torturemos se, em algum momento, cedemos a um impulso e nos afogamos no agrado de uma barra de chocolate depois de trabalhar muito.

Permanecer em relações desequilibradas ou abusivas, assumindo a culpa por não estar dando certo; estar desconfortável com o próprio corpo, entupindo-se de comida ou entrando em dietas rigorosas; negligenciar necessidades básicas, como sono; colocar-se em uma posição de menos valia, sem valorizar o talento e a capacidade (síndrome do impostor) são indícios da falta de autocompaixão que levam à ausência de autorrespeito.

Autorrespeito e autocompaixão vs maturidade

Em uma sociedade que valoriza a juventude, a beleza, o processo de envelhecimento pode ser complexo, mas também muito libertador. Não há uma chave mágica que leve a aceitar de bate-pronto muitas mudanças que acontecem: aquela roupa na qual nunca mais vou entrar, as marcas do tempo que vejo no espelho, as mudanças corporais que me impõem limites. Se antes ministrava três dias de treinamento e duas noites de aula tranquilamente, agora tenho que me respeitar e entender que esse ritmo não é mais possível.

É necessário não ter receio de demonstrar nossas vulnerabilidades, de pedir ajuda, de colocar limites (primeiro em nós) sem sentir medo, sem ficar com o orgulho ferido. Orgulho é uma falsa proteção disfarçada de força, que nos torna relutantes em procurar apoio.

É fundamental mudar a forma como lidamos com o relógio biológico para adequar nosso jeito de lidar com o tempo marcado pelas horas do dia. Aprendi que posso fazer uma pausa à tarde para um chá sem fazer nada e que isso não é um luxo, mas o produto de uma conquista que os anos vão nos dando.

Como nos ensina a Antroposofia, a cada setênio, há uma nova forma de caminhar. Novas habilidades que também nascem com a maturidade.

 

Cada setênio traz um convite para uma ressignificação e a cada crise vivenciada, uma oportunidade. Cabe a nós escolhermos como atravessaremos nossa jornada. Brigar e resistir é um caminho e contemplar as mudanças e fluir com elas também é.

(ANDRESSA MIIASHIRO)

Esteja bem consigo mesmo(a) e, sobretudo, faça mais do que deixa você feliz.

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

(FERNANDO TEIXEIRA DE ANDRADE)

Referências

BERNE, E. Os jogos da vida. Análise transacional e o relacionamento entre as pessoas. Barueri: Nobel, 1995.

DAVID, S. Agilidade emocional. São Paulo: Cultrix, 2018.

DICIONÁRIO on-line da língua portuguesa. Disponível em: <https:// www.dicio.com.br>. Acesso em: 29 abr. de 2023.

DISPENZA, J. Quebrando o hábito de ser você mesmo. Porto Alegre: Citadel Grupo Editorial, 2019.

JINPA, T. Um coração sem medo: porque a compaixão é o segredo mais bem guardado da felicidade. São Paulo:Sextante, 2016.

SAGE, C. Como praticar o autocuidado: cultive o bem-estar e a felici- dade de dentro para fora. Edição do Kindle,2023.

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Conexão e cuidado: plantar, regar e florescer

Por que ainda somos tão inconscientes sobre a interdependência e a conexão que há entre tudo e todos? Por que será que não temos a dimensão sobre a importância e os benefícios do autocuidado, de estabelecermos relações interpessoais eticamente cuidadosas e de convivermos de forma respeitosa com a natureza? Essa são indagações que me faço frequentemente.

Vivemos os movimentos dos ciclos das nossas vidas, alguns mais favoráveis, outros nem tanto. Ciclos que nos convidam a evoluir, a avançarmos para estar melhor amanhã do que estamos hoje. Cada ciclo tem seu aprendizado. Cada atitude que empreendemos, inclusive as pequenas, constroem o nosso futuro e podem facilitar até os ciclos mais desafiadores. Plantar. Regar. Florescer.

Atitudes inconscientes e desconectadas do que realmente intencionamos, não trazem florescimento e, por isso, não contribuem com a nossa evolução. O piloto automático que permitimos que ocorra em nossas vidas repetidas vezes, traz com ele o risco de deixarmos o ‘cultivo’ de lado. Na construção de um futuro sustentável, a nossa qualidade de presença pode ser a chave para cuidarmos e regarmos o que realmente desejamos, para percebermos a potência das conexões.

A vida, tal qual a natureza, não tem a hora exata do desabrochar, do amadurecer. O tempo para as coisas acontecerem pode não ser o tempo que projetamos. A ansiedade e o imediatismo, muitas vezes, nos tira o foco. Eu te convido a refletir:


– Em sua vida, quais são as sementes que você genuinamente deseja plantar?

 

Tendo clareza de quais elas são, vamos seguir refletindo:

 
– Você já deu o primeiro passo para materializar essa intenção?


Em seguida, convido você a investigar sempre de forma curiosa e amorosa:

 
– Qual é o foco e a disciplina com que nutre essas sementes? Tem regado periodicamente, mesmo nos dias mais desafiadores?
 

Plantar. Regar. Florescer. Com cuidado, disciplina e conexão nós chegamos lá!

 
Era final de tarde. Voo tranquilo, pouso calmo. Aproveitei cada minuto das três horas de voo para colocar o sono em dia. O avião pousa em uma área remota e, por isso, demanda um ônibus, subo nele para chegar até o desembarque. De repente, um barulho ensurdecedor. Uma mãe entra com seus dois filhos neste mesmo ônibus. A menina, filha mais velha, acomoda-se calmamente em um dos assentos, mas está nitidamente incomodada com a atitude do caçula. Ele deveria ter uns três ou quatro anos e grita desesperada e repetidamente: “seca, seca, seca.” Percebo o semblante da mãe. Desconsertada, ela nada fala. Uma mulher pergunta se ele deseja se sentar, mas antes mesmo de ceder o lugar para a criança, a mãe envergonhada diz que não, que ele não queria sentar-se, ele queria ‘secar’. Explicou que o menino havia derrubado água na calça.
 
Da minha perspectiva e ainda sem conseguir conectar ao certo o que deveria estar sentindo o pequenino, pensei – ‘está calor’, não seria agradável estar um pouco molhado? Mas ele continua e os gritos se fazem cada vez mais altos.: ‘seca, seca, seca.’ A irmã finge nem ouvir, mas a mãe fica com o semblante cada vez mais fechado. Sem olhar para o menino, ela repete – ‘já vai chegar’. Tenta mudar o foco de atenção do garoto mostrando os aviões que estão na pista. E os gritos não cessam, pelo contrário, ele parece gritar cada vez mais alto.
  
De repente, aparece uma moça, estatura média, bem magrinha. Ela abaixa para ficar na altura do menino. Ele parece ignorar o sorriso dela. Ela diz em voz alta tentando se fazer ouvir: ‘eu tenho um superpoder. O menino para de gritar uns três segundos, mas logo continua, ainda mais alto. Penso que ela vai desistir, não teve êxito.
 
Achei interessante a tentativa. Para minha surpresa ela não desiste, continua: ‘eu tenho um superpoder e você também tem, quer saber qual é?’ E ele responde: ‘não tenho não e nem você.’ Ela insiste. ‘Está vendo a minha calça? Estava molhada e eu consegui secar com o meu superpoder. Você também consegue. Nós, super-heróis, temos esses superpoderes. Toma cuidado para as pessoas não nos reconhecerem aqui, não estamos com as nossas capas.’

O menino começou a prestar atenção. Um alívio se deu. O semblante da mãe já não estava tão tenso. E a moça continuou: ‘feche seus olhos, pense no que você deseja com muita vontade, conte até dez e depois você não vai mais sentir que está molhado.’ A moça pacientemente começou a contar e ao fim disse: ‘Pode abrir os olhos. Você sentiu? Viu como melhorou? Você é um super-herói!’ Como se o sol nascesse após um dia cinza e chuvoso, um sorriso se abriu. E o grito de desespero, deu lugar a uma linda manifestação de alegria – ‘mãe, eu sou um super-herói!’.  

 

Confesso que entrei em flow com essa cena. Aliás, flow é aquela sensação de quando você está totalmente absorvido por uma atividade, onde você fica 100% focado, sem perceber o tempo passar e sem se dar conta de tudo o que está acontecendo ao seu redor. Eu torci por aquela super-heroína, como se eu tivesse em uma superprodução de Hollywood. Senti o desejo genuíno que ela demonstrou ao amparar aquela criança. Ela não o julgou, mas gentilmente, saiu da sua perspectiva de um adulto racional, para uma diferente, não menor ou inferior, apenas diferente. Plantou uma semente. Não desistiu, esteve ali, conectada, presente, atenciosa, regando, insistindo. Após o olhar de consentimento da mãe, parecia não se importar com mais nada a seu redor. Apenas com o garotinho. Ela semeou, regou e floresceu. A gargalhada de satisfação que ela deu quando o pequeno disse que era um super-herói denunciou uma alegria contagiante. Ela nos fez acreditar que todos nós temos superpoderes. Plantar. Regar. Florescer.

 

Nesta interação e intenção genuína, aprendi um pouco mais sobre cuidado e conexão. Ela poderia seguir o seu curso até o desembarque, eram poucos minutos ouvindo os gritos, cada um tomaria seu rumo e tudo ficaria bem. Mas existem pessoas que se desafiam a ir além, conectando com as possibilidades que a vida apresenta. De repente, eu senti tudo, absolutamente tudo conectado! A energia gerada na intenção daquela moça, moveu muita coisa naquele ônibus. Passageiros que agora podem florescer mais por estarem conscientes do superpoder do cuidado e da conexão,Plantar. Regar. Florescer.

 

Moça do ônibus, onde quer que você esteja, saiba do meu desejo de que você tenha sempre bons motivos para sorrir e dançar nesse jardim que é a sua vida, o qual você demonstrou estar cultivando e regando tão bem. Aproveite o florescimento!

 

Não por acaso, uma das minhas empresas, a que eu cofundei com Claudia Serrano e tenho hoje também como sócia, Marília Camargo, a Arquitetura RH, tem os seus C ‘s como valores chave. Colaboração, Coerência, Coragem, Confiança, Cuidado e Conexão. Acreditamos que essas atitudes podem melhorar o mundo.

 

Eu acredito que a sustentabilidade que tanto desejamos possa ser cultivada com pequenas atitudes como a dessa moça. Sustentabilidade começa agora. Com a consciência do presente e do quanto você contribui e impacta. Quais sementes você tem plantado? Quais das suas atitudes tem regado essas sementes? Plantar. Regar. Florescer.

 
Não basta PLANTAR
Você precisa saber como REGAR.
Uma simples atitude
Faz surgir uma grande virtude.
 
É da intenção presente no CUIDAR
Que uma incrível CONEXÃO pode dar.
Colher é como renascer
E sustentar um novo amanhecer.
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