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Por que se conhecer para mudar?

O autoconhecimento e a auto-observação permitem que nos levemos constantemente a territórios de aprendizagem, com respeito às nossas habilidades e limitações – e, claro, às nossas ambições.

 

 

Navegar pelos territórios do aprendizado é natural. Saímos de uma zona para outra muitas vezes sem nos darmos conta, como resposta a estímulos externos. Como tudo que nos diz respeito, entretanto, um olhar acolhedor para nossas emoções e sentimentos ao longo dessas passagens é a chave para caminhos que respeitem nosso espaço.

No centro do mapa do aprendizado, temos a zona de conforto, onde fazemos sem esforço algum aquilo que nos propomos. Ou seja, navegamos num mar conhecido com equipamentos familiares. Ao ultrapassar suas fronteiras, chegamos à zona de aprendizado, onde o território já não é tão conhecido, mas ainda assim temos repertório para seguir adiante. Convenhamos que sair para o desconhecido exige coragem, não é mesmo? Quando cruzamos a linha para o território que nos faz expandir e aprender com o diferente, passamos a expor nossas vulnerabilidades. E é por esse motivo que muitas vezes deixamos de arriscar.

Entretanto, na zona de pânico, falta repertório de todos os lados. Não estamos psicologicamente preparados para o desafio e pode nos faltar a base teórica ou a experiência necessária. Aqui é preciso atenção, nossa e de nossos gestores: podemos paralisar completamente, afetando nossa autoestima e refletindo em memórias traumáticas para o crescimento.

 

Mas afinal, estar na zona de conforto é um sinal de acomodação?

A zona de conforto nem sempre significa acomodação. O autoconhecimento, nesse caso, passa a ser um termômetro essencial. O conforto se torna acomodação quando a realidade já não mais te satisfaz, mas não existe nenhuma tomada de ação para mudar esse contexto. Da mesma forma, é necessário encontrar um equilíbrio com a zona de aprendizado, pois a ida incansável a este território pode gerar ansiedade e um sentimento de insatisfação constante quando não ligada a um foco ou objetivo.

Às vezes não conseguimos sozinhos encontrar ações ou caminhos que nos levem para um lugar diferente. Processos de coaching ou cursos que provoquem o “desconforto confortável” são alternativas para “organizarmos as caixinhas internas” e tomarmos decisões mais íntegras às nossas intenções, valores e necessidades.

A mágica em todo o mapa de aprendizado está em acolher os diferentes níveis de ambição e saber qual medida, dentro dessa régua, que te faz verdadeiramente feliz.

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Carolina Gazzi

Carolina Gazzi

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