Para ter um 2019 criativo todos os dias!

Como dizia meu avô… vivemos tempos “bicudos”, que hoje chamamos de “desafiadores”, um neologismo para “a crise está feia”. Nossa experiência mostra que estes são os momentos de vida onde a inovação e a criatividade são determinantes para nosso futuro.

Isto posto, 2019 pede. Não, na verdade, 2019 clama por inovação e criatividade. Nos meus treinamentos de Planejamento Estratégico e Design Thinking, sempre sou instigado com a pergunta: como inovar em um dia a dia tão corrido?

Muito tenho refletido sobre esta questão, e percebi que o primeiro passo para inovar é JOGAR FORA!! Só podemos inovar se esvaziarmos a nossa “xicara de chá”, para experimentar “novos chás”, como ensina o velho conto oriental da Cerimônia do Chá, onde o discípulo é surpreendido pelo mestre, que ao encher sua xícara, não para quando ela está cheia, trasbordando pela mesa, quando o discípulo se espanta, o mestre explica o óbvio.

Temos aqui uma grande oportunidade de aprendizado, que podemos transformar em um exercício diário de criatividade e inovação nas situações mais simples do cotidiano.

Vamos então na prática: a proposta é jogar fora a primeira ideia, proposta, intenção ou decisão! De forma geral, esta primeira percepção de solução de problema ou caminho a seguir é originado de nossa história, experiência ou mesmo padrões de comportamento. E se quisermos realmente fazer diferente, desapegar destes primeiros pensamentos é imprescindível abandoná-los!

Quer viajar no final de semana? Ótimo, e logo vem à mente: praia! E Maresias! Quer inovar? Vá para outro lugar, para o campo, para o interior…

Trocar de carro? Certo é buscar o que já me deu segurança! Para inovar… será que preciso de carro?

Esta é a proposta, simplesmente abandone a primeira ideia, lugar ou comida que vier à sua mente. Sem dó nem piedade ignore o primeiro pensamento…. e aguarde o que vem depois. Aqui, não questiono a qualidade deste primeiro pensamento, pois com certeza é uma opção acertada, segura e tranquila para seu dilema.

Porém, junto com esta certeza, vem seus condicionamentos, premissas antigas e modelos mentais consolidados. Verdadeiros venenos contra a inovação…

Vá para a segunda, terceira ou mesmo quarta opção, pois em geral, estas têm um componente que queremos neste exercício: Inovação! Fazer diferente, buscar novos caminhos!!

E agora? Bem, sugiro que se deleite e experimente este novo “chá”, a nova “roupa”, este novo caminho, e se não der certo…. bem, vamos para outro caminho, rapidamente. Cuidado para o risco de desapegar dos modelos antigos para se apegar aos novos! Errar rápido, e rapidamente se reposicionar, é a chave da sobrevivência nestes novos momentos do planeta.

Lembrete final: é novo, se é novo é incerto, e se é incerto, vamos resistir… Vale a pena experimentar… Se der certo!!! Super!! Se não… beleza, pegue a próxima ideia, experimente… Não podemos esquecer: sempre temos novas possibilidades!

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Criar futuros: o compromisso dos estrategistas

A palavra estratégia tem origem no termo grego strategia, que significa manobra, plano ou método usados para alcançar um objetivo ou resultado específico. O termo inspirou dirigentes militares durante batalhas entre países. Neste contexto, o que define o estrategista é que ele busca a vitória da guerra e não somente uma ou outra batalha, podendo, assim, permitir-se derrotas táticas em prol de seu objetivo final.

Dentro de nossos contextos pessoais ou profissionais, percebemos que o pensamento estratégico deve partir, portanto, da definição de visão de futuro, ou seja, a clareza de onde se quer chegar. Ao longo dessa trajetória, temos a chance de romper com a reprodução de velhas alternativas e soluções e buscar caminhos novos, criativos e, em geral, com mais resultados que os já trilhados.

Mas, afinal, como criar futuros?

“Planejar é criar futuros”

A definição de Carlos Matus Romo, criador do PES – Planejamento Estratégico Situacional, traz o planejamento como ferramenta essencial para escapar das armadilhas do improviso, que motivam respostas sem direcionamento claro a situações cotidianas.

“Quem não planeja está fadado ao improviso”

Obviamente que improvisar faz parte. Afinal, “podemos eleger nossos planos, mas não escolhemos as circunstâncias em que serão realizados”. Planejar por cenários é uma técnica bastante utilizada para prever possíveis alternativas, e mesmo assim, em determinados momentos, o improviso será necessário.

O planejamento também é importante para corrigir erros e problemas cotidianos. Mas atenção! Quando usado apenas para este fim, pode ser limitador, pois é como definir a direção do carro olhando para o espelho retrovisor.

A proposta do estrategista, é, portanto, desenhar um plano a partir de uma visão de futuro, um cenário desejado, crível e possível, portanto, “criável”.

O planejamento se estabelece como a grande oportunidade pessoal e corporativa de criar os futuros desejados em nossa vida e de nossos grupos de trabalho, com a definição de um conjunto de ações coerentes para o atingimento de um objetivo claro.

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