Houve um tempo que o sol marcava as horas e juntamente com a natureza, marcava os ciclos da vida.
Houve um tempo quando os relógios eram de bolso, presos às roupas por lindas correntes de ouro ou prata e usados por elegantes senhores de ternos escuros e chapéus.
Houve também um tempo em que os despertadores eram objetos redondos de metal, com duas estridentes campainhas na parte superior, e três pezinhos também de metal. Estes despertadores ficavam sobre os criados-mudos ou mesinhas de cabeceira, para que pudessem ser desligados facilmente.
Eu me lembro deste tempo!
Muito brevemente diremos: “Houve um tempo quando os despertadores eram tapetes que ficavam ao lado de nossas camas e que vibravam para nos acordar. Eles só paravam quando eram pisados, então tínhamos que nos levantar da cama.”
Eu conheci um “despertador” destes em 2019!
Mas foi o “tempo”, marcado pelos relógios de todos os tipos que me trouxe aqui, pois eu costumava me preocupar com o futuro, achando que eu tinha algum tipo de controle sobre ele, o futuro, e frequentemente me perguntava: “Até quando será que eu vou conseguir continuar fazendo o que faço, como faço, já que não sou mais jovem?”
E eu tentava achar a resposta e pensava em me preparar para o futuro aprendendo algo novo.
Mas a dúvida persistia: “Até quando?”
Ai veio a resposta, quando eu menos esperava!
Um dia, todos paramos de fazer o que fazíamos, como fazíamos! O “o que” pode até ter continuado, porém, “o como”, ah! Este não é o mesmo e nunca mais será! E quando os “comos” foram alterados, nós tivemos que nos reinventar e usar o “Crie”, ignorando o “Crise”. Grande desafio que nos fez crescer.
Alguns gostaram! Outros não! Mas foi assim e é assim!
Aprendia lição sobre viver o momento, já que é tudo o que temos!
Mas este momento pede Renovação! Momento propicio para irmos para dentro de nós e sairmos lá de dentro melhores, seres humanos mais “humanos” !